31 de janeiro de 2016

Nuvens que passam




O dia amanhecera ensolarado. Nos quintais, a criançada se divertia, correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas.

De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores, arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as à distância, Parecia que, de repente a houvesse enlouquecido e, desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes a procurarem abrigo.

O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o dia se fez noite, em plena manhã.

Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences.

Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, que as arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, as grandes árvores.

Foram somente alguns minutos. Depois, os relâmpagos se apagaram e a chuva parou.

Uma grande quietude invadiu a natureza. A ramagem verde sacudiu as últimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se.

Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz.
Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que há pouco a borrasca se fizera violenta.

Assim também é na vida.

Os momentos de lutas e de bonança se alternam.

Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afetos mais chegados, tamanha é a dor, que deixa em frangalhos o coração.

Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.

Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados. A impressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.

Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.

E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores, dirás a ti mesmo: Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo. Até parece um sonho distante.

Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.

O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.


Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus atuando favoravelmente.

Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo.

No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar.

Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao pai ou ao coração de mãe.

Não entregues a batalha a meio. Prossegue. Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.


Sol em tua alma, em tua vida. Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.

Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.

Confia Nele.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 20, ed. FEP.

21 de janeiro de 2016

Em Algum Lugar




Em algum lugar do passado você existiu para mim, e eu já sabia que assim virias... 

Em algum lugar do passado, fomos, nós dois, brisa fresca, rosas em flor... 

Em algum lugar do passado, te amei, te guardei, você me amou e cativou... 

Em algum lugar do passado, nossos corpos e corações foram um só, melodia interminável de nosso amor sem fim... 
 
Em algum lugar do passado, nos deixamos com a certeza do reencontro,
Como sabemos agora, que nos encontramos... 
 
Em algum lugar do passado, prometemos jamais nos esquecer
E, agora, no presente, carregamos sempre viva as lembranças deste tão sublime querer... 
 
Em algum lugar do passado, fomos felizes, como a flor e a raiz, o mar e a areia, deste amor sem igual... 
 
Em algum lugar do passado, dançamos com o vento, corremos pela praia tivemos sonhos vindouros deste amor infinito que jamais nos deixaria... 
 
Em algum lugar do presente, nos reencontramos...


Palavras e atitudes que despertam as lembranças das almas, que sabiam se conhecer... 
 
Em algum lugar do presente, olhares, gestos, toques, sensações indescritíveis, que somente nossos corações identificam... 
 
Em algum lugar do presente, saberemos o que somos e o que fomos:  Luz do sol, Amor verdadeiro, nesta busca insaciável de nós dois...
 
Em algum lugar do passado...
Em algum lugar do presente...

No devido tempo, em algum lugar do universo,
Vamos nos reencontrar.

"A Vida Anda!"

Autor desconhecido...

Fonte: Fórum Espírita.