20 de outubro de 2014

Tem coragem de pedir desculpas?

Você é capaz de voltar atrás quando percebe que cometeu um erro com alguém? 


Você tem coragem de pedir desculpas ao reconhecer que estava errado?



Reconhecer o erro e conseguir voltar atrás é uma demonstração de dignidade e sabedoria.

O que impede uma pessoa de reconhecer que errou? Vergonha, talvez. Mas vergonha do quê? Todos nós erramos; uns mais, outros menos, mas todos somos falíveis.

Magoamos pessoas, fazemos julgamentos precipitados, agimos por impulso, nos deixamos contaminar pela maledicência, somos momentaneamente dominados pela raiva. 

São inúmeros os motivos que nos levam a cometer erros. Claro que seria melhor que não os cometêssemos. Mas, já que somos humanos, é uma grande coisa quando temos a coragem e a hombridade de reconhecer que erramos e procurarmos reparar o erro cometido.

Às vezes somos complacentes demais com nossos erros, agimos com uma condescendência que não usamos para com os erros dos outros. Dois pesos e duas medidas. 

Saber que errou e não voltar atrás é ter compromisso com o erro. Se você percebe que errou e acha que esse erro não foi uma besteira qualquer, pode tirar dele uma lição. Ele pode estar apontando para outra direção a ser seguida, outro caminho, outra maneira de fazer as coisas, de pensar, de sentir. É que isso requer trabalho. Depois que você já andou um pedaço, ter que voltar e começar de novo pode ser cansativo, oferece perspectivas desconhecidas.

Para os donos da verdade, para aqueles que acham que suas convicções são intocáveis, para aqueles que pensam que suas ações são modelos que devem ser seguidos por todos, deve ser realmente difícil dar meia-volta e começar de novo.

Humildade não é apenas para baixo, mas também para cima. Não é somente fazer-se pequeno e aceitar a grandeza alheia. É também fazer-se grande, erguer-se do erro em que se caiu. 

É melhor arrepender-se quando se percorreu cem metros ou quando já se andou vários quilômetros? Pedir desculpas quando cometemos uma injustiça é um ato que exige honestidade consigo mesmo e um compromisso real com o futuro.

Para quem é reencarnacionista o futuro é amplo… E somos nós que o criamos. O amanhã é fruto do hoje, você sabe.

Para que ter vergonha? Essa vergonha é medo ou é orgulho? Talvez os dois. Se o erro afeta outra pessoa, como comportar-se como se nada tivesse acontecido?

Você sabe que a convivência com os outros, por menos próxima que seja, nem sempre é fácil. Hoje, além das relações tradicionais, há as amizades e relacionamentos virtuais. Vai dizer que você nunca se estranhou com um amigo virtual? Ou pelo menos divergiu seriamente? Alguém que você conhece só do outro lado da tela, e que, fora as informações que ele deixa você saber, você só pode conhecer através das energias que sente?

Também é importante analisar o que nos leva a errar com as pessoas. Talvez tenha sido consequência de um dia tumultuado, da pressão do cotidiano. Mas pode ser que você já estivesse há tempo com os bolsos cheios de pedras, esperando a oportunidade de atirá-las. Se for isso, é melhor que você faça uma análise sincera acerca dos motivos que o levaram a agir dessa forma. Isso pode facilitar uma futura explicação, se for o caso.

De qualquer maneira, fica uma dica do tempo em que se escrevia cartas, hoje válida para e-mails e outros meios. Antes de enviar qualquer coisa que tenha sido escrita com uma certa carga de emoção, guarde a mensagem e leia no dia seguinte. Se no dia seguinte, ao reler o que escreveu, você ainda tiver a mesma opinião, pode enviá-lo. Mas algumas coisas mereceriam ser deletadas…


Por: Morel Felipe Wilkon

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